REVELAÇÃO.
Oh, criatura pedante e hipócrita, Primogênito dos inquietantes porquês! Serão longos os teus dias de incredulidade, Apascentado pelas sete bestas do Apocalipse. No desatino, formulando mais um porquê, Verás o derrame da sétima taça E beberás da rubra e funesta água do Eufrates, Com o qual depararás levado pelo ceticismo E tua sede de resposta. Ó ímpia criatura, tua estupidez te ofusca! E não percebes que tudo ocorre em ti... Que és minha imagem e semelhança. Maculas o templo que para habitar escolhi, Arranhas a aliança que para a eternidade contigo celebrei, Repeles-me a cada indagação... E feres-me...Crê! Ainda és capaz de ferir-me... Martiriza-me a tua aguda descrença, Mais que o flagelo, a lança, os espinhos e cravos de outrora. Recolhe filho, tua língua ferina, Em forma de ponto de interrogação, E vigia tua mente ingrata e indagadora E, apenas, crê! Oh, criatura órfã de respostas, adota-me! Ainda guardo para ti Meus sete anjos... Ainda te amo... Não esperes a sétima taça, Para entenderes que a resposta está em ti mesmo. Mais que ser o Alfa e o Ômega, Mais que ser teu Pai e Senhor, Mais que ser o Pastor que te arrebanha, meu filho amado... Estou em ti... E foges de mim... Mas reservo-te o direito de arrependeres, Ante meu eterno dom de perdoar. Mas não tardes, filho! Abra teu coração para a resposta inconteste, Atenta-te para meu imenso e eterno amor, Assim não sentirás o peso do Absinto, Mas a candura de meu Trono E o incessante conforto de meu afago. (RAS)
Enviado por (RAS) em 06/02/2008
Alterado em 11/02/2023 |