(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos

Oníricos dilemas.

 

Há dálias, rosas e avencas,

Há graciosidade e destreza, 

Nas tuas performances flamencas,

Danças com surreal realeza.

 

O perfume que de ti esparge,

De fragrância que extasia,

O escarlate do seu traje, 

Encanta, tal qual a magia.

 

Castanholas, guitarras e cantos,

Por ti interpretados com talento, 

Ora há risos, ora faz-se prantos,

Pelo feitiço de teus movimentos 

 

O teu vestido vermelho paixão, 

Esvoaçante, marcante e sensual, 

Faz a taberna perder a razão, 

E a mim, de vez, cair na real.

 

Teu olhar por demais dispersivo, 

Distraído, nem mira o meu,

Nem percebe um olhar imersivo,

Que ignorado, o brilho perdeu. 

 

E no auge da tua arte requisitada, 

Sobes na mesa, jogam-lhe vinhos… 

Patacas tilintam, por ti catadas… 

A regerem a sorte dos teus descaminhos. 

 

Olê! Gritam os homens embriagados!

Olê! Ouço já de longe o teu sapatear…

Olê! Assim é meu sono tão conturbado! 

Que teima, com essas miragens, toda noite sonhar.

(RAS)
Enviado por (RAS) em 18/07/2025
Alterado em 19/07/2025


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