(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos

Zircônia.

 

Lia-se poesias, 

Nos ébanos olhos de Lia,

Escritas com maestria,

Em letras cor de marfim.

Meu olhar se perdia,

Nos lindos olhos de Lia,

Onde meu juízo jazia,

E minh’alma saía de mim. 

 

Então, a ilusão fez moradia,

Nos pequenos olhos de Lia,

Onde a certeza resistia,

Com seus disparos de festim. 

Não, não havia poesia,

Nos frios olhos de Lia,

Ora, aquilo que eu lia, 

Era prenúncio de um fim.

 

Um lodaçal de mim escondia,

O ébano olhar de Lia,

Que habilmente exibia,

O mais encantador jardim.

A minha felicidade luzia,

Nos ledos olhos de Lia,

Em lindas noites, belos dias!

Áureos tempos… foi assim…

 

Imensa ternura eu via,

Nos sagazes olhos de Lia,

Hoje, ao invés de poesia,

Nos decadentes olhos de Lia.

Leio toscos folhetins.

(RAS)
Enviado por (RAS) em 24/04/2025
Alterado em 24/04/2025


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