![]() Não há estações para um trem danado,,,
Foi como o sumiço do amarelado retrato da parede… Foi como torcer uma peça de roupa e quará-la num varal “ad aeternum”… É como mandar uma criança para o cantinho do pensamento e, de lá, não mais tirá-lá… Foi como a goteira que não se esgota, a mercê do tempo… É como procurar um abrigo, um alimento, um acalanto, num mundo mendigo… É como a escuridão de um túnel e o seu vácuo a não findar… É como adentrar em escuros umbrais… É como as orações sem respostas e verbos… É como se o coração fosse para as costas… É o silêncio estridente nas lâminas de adagas mornas… É como o “best seller”, inexplicavelmente, nem folheado… É a falta de público nos proscênios, e nas ribaltas, as luzes… É a minha Estação Primeira afastada da apoteose, “flopando” o carnaval… É o Olimpo clamando o juízo de Zeus… É como nada haver além do pó e dos rescaldos… É como esperar o “trem” encantado, florido, lindo, sonhado, por tantas vezes atraído e tomado… É, atualmente, o danado, a “paradinha” ignorar, onde tão triste, desnudo, inconformado, no aguardo permaneço, extático como um lobo a uivar para a prateada lua cheia, linda, mas tão distante e fria.. (RAS)
Enviado por (RAS) em 14/02/2025
Alterado em 15/02/2025 Comentários
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