(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos

Plúmbleo. 

 

Num amor que adoece, 

E de repente anoitece,

Pois que o cuidado não havia.

♦♦♦

No amor que assim esmorece,

Quem ama é o que padece,

Em camas estranhas e frias.

♦♦♦

E as madrugadas imensas,

De saudades intensas,

Clamam a luz que alegra o dia.

♦♦♦

E quando tudo então se desfaz,

Quase nada mesmo é capaz,

De dar sentido a insípida vida.

♦♦♦

O riso faz-se amarelado e fugaz, 

Perde-se brilho, o trilho e a paz,

Desejos de fuga, orgia e bebida…

♦♦♦

Tanto tormento a tristeza traz!

Com o estrago que a saudade faz,

Na trama insana e descabida.

♦♦♦

E os sonhos cada vez mais,

Ao se distanciarem do cais, 

Põem-se no rumo da eterna partida…

(RAS)
Enviado por (RAS) em 06/12/2024
Alterado em 06/12/2024


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