Plúmbleo.
Num amor que adoece, E de repente anoitece, Pois que o cuidado não havia. ♦♦♦ No amor que assim esmorece, Quem ama é o que padece, Em camas estranhas e frias. ♦♦♦ E as madrugadas imensas, De saudades intensas, Clamam a luz que alegra o dia. ♦♦♦ E quando tudo então se desfaz, Quase nada mesmo é capaz, De dar sentido a insípida vida. ♦♦♦ O riso faz-se amarelado e fugaz, Perde-se brilho, o trilho e a paz, Desejos de fuga, orgia e bebida… ♦♦♦ Tanto tormento a tristeza traz! Com o estrago que a saudade faz, Na trama insana e descabida. ♦♦♦ E os sonhos cada vez mais, Ao se distanciarem do cais, Põem-se no rumo da eterna partida… (RAS)
Enviado por (RAS) em 06/12/2024
Alterado em 06/12/2024 |