PROFECIAS
E ela virá: na negritude da noite ou num clarão de um dia de tórrido sol. Ela virá lenta como a tortura, sucumbindo com tortas existências, Emergindo o desespero e a ânsia da sobrevivência. Virá rasgando relevos pelas entranhas da terra Ou por vendavais arrasadores, formados pelo mormaço e pela gélida fúria do reino de Netuno. Ela já se manifesta nas suas entrelinhas, o primeiro e o terceiro mundo a conhecem: Da hanseníase à AIDS, dos aríetes às armas atômicas. De alfa a ômega ela virá rastejante, paciente... Sons agudos de trombetas, vozes proféticas, escrituras, fenômenos estranhos... Ninguém a ouve, lê ou vê. Ela só será sentida no desatino e no ranger de dentes. “Tu és ridículo homem, diante de tuas ridículas obras! O que crias te cativa!”. Finalmente ela virá como carta de alforria, libertando os justos. Mas, ai de ti verme chauvinista! Que faz do hoje teu éden de luxúria e oportunismo, ela será tua execução: Tu que te fartas com a fome alheia, Que promoves o comércio de armas, Que castras a divina fertilidade de Fauna e de Flora, Que te acovardas diante da humilde súplica de apenas existir. “És tão insensato homem”! E ela está vindo dando vivas aos humildes! Circundada de anjos, ou quem sabe por ETs? Antes que aciones a tecla da desesperança, Antes que teu planeta apodreça e exale o mau cheiro de um suicídio coletivo, Porque tu, ínfima criatura, já o tornaste vulnerável e doente. E teu planeta, incrédulo, não se distingue de um paiol ou de um barril de pólvora, Mas não o deixe explodir _ "sua besta"! Não suportarás o fardo de vê-lo intitulado: “A eterna vergonha do cosmo”! (RAS)
Enviado por (RAS) em 16/01/2008
Alterado em 06/02/2023 |