Perspectiva: renúncia ou covardia?
De um lado da janela Tem trincos e tramelas, Moçoilas tagarelas, Em um tempo nada astuto…
Do outro lado, Um mundo apressado, Sonhos alados… Tudo, a desvanecer, resoluto.
Do lado de cá, as solidões, As malditas desilusões, Nos encalços das razões, Nos leitos das infelicidades…
E do lado de lá, vão-se os corações, Passam-se as estações, Os trens e seus vagões, A deixarem, ali, saudades…
Então, para qual lado da janela, Ó indecisa donzela, De fato, queres pular? Para o lado onde a vida é bela? Ou para aquele que te revela, Que a tua desdita será? (RAS)
Enviado por (RAS) em 24/09/2024
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