Ritos finais - delírios.
Agora manifesta em mim aquela criança, Que se agita na gangorra que balança… Que teima em não sair da rua… Agora em mim aflora aquela infância, Cuja pressa e a ganância, Fez-me ingerir comida crua… 🖤🖤🖤🖤 Às vezes vejo-me desobediente, Desligado, irreverente, Hoje, sem comer comida crua, Sem tampar pedra na lua Mas a engolir comida quente… 🖤🖤🖤🖤 É uma pressa danada de viver… É a ficha que cai, tenho mais passado do que futuro… Nem é medo de morrer, É não saber, o que se passa atrás do muro… É como aqueles piques de esconder, Te sentes tão visível, portanto, tão inseguro! 🖤🖤🖤🖤 Trens fantasmas, carrossel, rodas gigantes… Amores fugazes, de pouquíssimos instantes… Os morros que lá subi, ainda não pude descer, Meus temores revivi, num inexplicável entardecer… 🖤🖤🖤🖤 Eu tenho pesadelos, o Super Homem não vem, Eu me sinto em Kryptônia, a perder forças também… 🖤🖤🖤🖤 Ah, minhas andanças, magnética ressonância, Da irreverência à arrogância… Eu queria ter poder de plasmar pelas eras, De juntar-me às quimeras, nos cafundós do além… Tudo me é permitido e, por tanto, tenho sofrido! Pois nem tudo me convém. (RAS)
Enviado por (RAS) em 09/07/2024
Alterado em 10/07/2024 |