(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos

Dilúvios.

 

E pelas cheias das horas, eu me afundo,

E falta-me ar, a sufocar o meu mundo, 

E pelas horas cheias, eu me divido,

As horas cheias enche o dia, o torna mais fecundo,

Enquanto emerjo e vejo o meu mundo corroído…

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E pela escuridão das horas, eu me deprimo,

Os frágeis ponteiros, nem servem de arrimo,

O meu mundo é inundado de falácias e desenganos, 

A equilibrar-se em leitos de lamas e limos,

Onde eu e meu mundo, acumulamos nossos danos. 

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Assim, inundados, meus tristes versos eu rimo,

Em poemas afogados, em textos e contextos insanos. 

Nas cheias das águas purgo-me, e me redimo,

Sanando as dívidas em que, ilusionadamemte, um dia me envolvi por engano. 

(RAS)
Enviado por (RAS) em 03/07/2024
Alterado em 03/07/2024


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