Dilúvios.
E pelas cheias das horas, eu me afundo, E falta-me ar, a sufocar o meu mundo, E pelas horas cheias, eu me divido, As horas cheias enche o dia, o torna mais fecundo, Enquanto emerjo e vejo o meu mundo corroído… ➖➖➖ E pela escuridão das horas, eu me deprimo, Os frágeis ponteiros, nem servem de arrimo, O meu mundo é inundado de falácias e desenganos, A equilibrar-se em leitos de lamas e limos, Onde eu e meu mundo, acumulamos nossos danos. ➖➖➖ Assim, inundados, meus tristes versos eu rimo, Em poemas afogados, em textos e contextos insanos. Nas cheias das águas purgo-me, e me redimo, Sanando as dívidas em que, ilusionadamemte, um dia me envolvi por engano. (RAS)
Enviado por (RAS) em 03/07/2024
Alterado em 03/07/2024 |