A ardência e leniência das penitências.
Venha como um míssil apontado… Venha, como um sol desenfreado… Venha como um ser alado, A rastrear o meu ponto fraco E a invadir o meu aeroporto… Venha qual desejo desregrado… Venha a atacar-me todos os lados… Venha, atender os meus agrados… E asfaltar meu desconforto.
Venha, bombardear minha casamata… Venha tornar-se a bala de prata, A destruir meu vampirismo… Venha, assenhorar-se da minha alma… E devolver-me a minha calma E bombardear meu pessimismo…
Venha remeter-me a inocência… Venha reavivar-me a lúdica infância… Venha a arrebatar-me a arrogância.. Venha inserir em mim o ocultismo…
Venha dar-me noção de eternidade, Venha sofisticar minha elegância, Venha destile em mim tua ganância, Venha ser-me a pretensa sanidade…
Venha dar-me mérito, sem verniz… Venha dar-me plena dignidade, E traga contigo a Flor de Lis, Venha na fugaz garupa da felicidade, Venha, o quanto antes, me fazer feliz! (RAS)
Enviado por (RAS) em 09/06/2024
Alterado em 11/06/2024 |