(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos

A rubra esperança.

 

Quase sempre eu me calo 

Mas de repente, num estalo 

Minha poesia grita por mim 

 

Quase nunca eu falo

De quem sou rei e vassalo 

De quem é meu não e meu sim

 

Quase sempre é meu o talo

Aquilo que para no ralo

O que na colheita é o joio ruim

 

Quase tudo resulta em abalo

Qual um sino a tinir com o badalo 

No anúncio do apocalíptico fim 

 

E o que passa pelo gargalo

É o horrível olor que inalo 

É um desespero enfim 

 

Mas os sonhos que eu embalo

São meus intentos, meu regalo

Numa esperança de cor carmim.

(RAS)
Enviado por (RAS) em 09/06/2024
Alterado em 09/06/2024


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