A tudo, sempre dê graças.
Eu vi o sol nascer e rasgar da noite o véu, Eu vi o alvorecer a tornar desnudo o céu. Eu vi o homem madrugar, Uns oravam, outros corriam… Eu vi o homem se alegrar, Uns assoviavam, outros sorriam… Eu vi o homem se entregar, Uns bocejavam, outros dormiam… Vi o homem se extremar, Uns resmungavam, outros teciam. Eu vi o dia entardecer, no vapor de um mormaço, Vi o homem se remoer, dando pinta de cansaço. Eu vi as estrelas voltarem o firmamento povoar E quais vagalumes piscarem, num prateado lunar. Há homens que somente o mal o depura, A outros bastam-lhes a ternura. Uns de cansaço se estiram, outros à insônia se entregam, Uns, profundo respiram, outros as bençãos renegam. Os sensatos se ajoelham e gratos permanecem, Os que ingratidão semeiam, Irão colher o que merecem… (RAS)
Enviado por (RAS) em 31/03/2024
Alterado em 31/03/2024 |