Pelos “entre mundos”… até lá…
Deve haver um lugar… Entre o céu e a Terra, entre a paz e a guerra, Entre a lua e o mar. Deve haver um lugar… Aquele em que tanto penso, entre a razão e o bom senso, Onde o lema é “só amar”. Deve haver um lugar… Entre o sorriso e o pranto, entre a lucidez e o encanto, Entre o profano e o altar, Entre o Olimpo e os andores, entre o alívio e os pendores, Entre a ermida e o bar. Deve haver um lugar… Entre os reis e os vassalos, entre automóveis e cavalos, Entre o crepúsculo e o luar. Entre a luz e as trevas, entre paragens com reservas, Entre o umbral e o Nosso Lar. Deve haver um lugar… Entre o bonde e o trem bala, entre a fazenda e a senzala, Deve haver algum lugar, Onde a consciência não grita, onde o desamor não tramita, Deve haver esse lugar. Entre o Éden e o inferno, entre o íntimo e o externo, Onde a peleja vai se dar. Deve haver um lugar… Entre o verão e o inverno, entre os braços do Pai Eterno, Por onde vamos um dia, você de longo e eu de terno, Livremente vadiar. Ah sim... há de haver esse lugar! (RAS)
Enviado por (RAS) em 28/02/2024
Alterado em 29/02/2024 |