Em rota de retidão.
Enquanto escondo meu pranto, com pálido e falso sorriso, E nego o que sinto, minto… e sofro… ao fazer-me firme e forte… Enquanto insisto e aos trancos resisto, forjo meu fraco juízo… E por pura sorte, livro-me da parca, iminente e humilhante morte. ——— Enquanto curto um saudoso coração, que em vão, se derrete, Enquanto a vida, a passos curtos, mas velozes, se faz de esfinge, Enquanto o destino, qual levado menino, o meu sonho inverte, Tal qual o bedel, que com todo escarcéu, de malvado se finge. ——— Se venço os percalços, descalço, por espinhosos e doridos caminhos, O sofrimento torna-me um encouraçado, bem armado, invencível! Então, a Deus agradeço, por meus depuradores cadinhos, E desafio, travesso, ao cair do berço, o inóspito mar do impossível. (RAS)
Enviado por (RAS) em 21/01/2024
Alterado em 21/01/2024 |