Quando aquela estrelinha Saiu de um pretérito mundo, E precipitou no meu, Houve um impacto profundo, Que até meu sol reacendeu. E fez-se luz, calor e vida… E o refrigério de imensa paz… E a estrela que se julgava perdida, Decadente, inconsistente, fugaz, Numa de suas pontas, ao ver seu novo mundo, Estampou o sorriso de quem se encontrou… E como num conto de Esopo fui escopo fecundo, E a estrelinha feliz, a última ponta em mim fincou… Mas os ciclos não se fecham numa só estação, E as estrelas cadentes tangem o céu, todos os dias, Mas se o inusitado conto se deu, em pleno verão, A estrelinha, de cadente, é promovida à estrela guia. E serei, com um telescópio, um eterno vigia, Tudo a mando incontestável, de um grudento coração. (RAS)
Enviado por (RAS) em 09/01/2024
Alterado em 09/01/2024 |