“ - Meu jugo é leve.” (JC) “- Ainda bem!” (RAS)
Senhor, guia os meus passos, agora lentos, Para os Teus divinais adventos, Livra-me dos tormentos, que tomam assentos, Nos meus inconsequentes desvarios… Senhor, dá-me discernimento e o necessário provimento, Poupa-me do relento, das chuvas de vento, A varrer o meu “lato sensu” e o que ainda eu tenho de brio… Alinha meu pensamento, seja o meu fermento, Que eu não me apegue a lamentos, Que eu seja só de aprendizado sedento, Livra-me dos males que eu, pra mim mesmo, crio… Oceanos turbulentos, náuseas e sofrimentos, Da crista da onda… ao seu súbito arrebento! Resultante de intrigantes e delirantes desafios… Nos azimutes eu me desoriento, Infrinjo sacrossantos juramentos… Ensurdeça-me, para os cantos e assobios, se preciso prenda-me, nos falíveis grilhões do navio, São feitiços de Mãe d’água, nos mares aos quais enfrento, Seus nados sincronizados, em lindíssimos movimentos… Afasta-me de tão doce encanto, já nos primeiros calafrios, De seus dotes fartos e dos aromas, dos apaixonantes e tétricos cios. (RAS)
Enviado por (RAS) em 06/01/2024
|