Fragmentos de longínqua infância.
No tempo do “José Freire”, pela beira do rio eu andava e de olhos abertos sonhava, Que nas cenas dos próximos capítulos, Finalmente, eu a conquistava… Pelo embrionário Acesso Norte Eu corria, me perdia, ficava encantado e distante da morte… meu Anjo da Guarda sempre atento e forte… Tantos índios, bandidos e más companhias, Eu, a todo instante, combatia… Eu tinha capa e voava, um cavalo forte e bonito, Um carro nave, anfíbio… E sempre uma paixão no coração e na mente… Amores platônicos, tão distantes! Tão ardentes! De súbito uma correria e à toa se ria e suava… Ah, quanto de Quixote eu tinha e não sabia! Os telhados, tão altos! Rio largo, turvo, profundo, Meu bairro era o maior o mais bonito do mundo… Dele, só saía para embrenhar nas matas… Descobrir lugares… Meu lugar, que ouviu meus choros, pirraças e gritos… me viu crescer… Como era divertido e gostoso ir para aula… A fértil imaginação produzia os encantos… Os caminhos: ou era beira rio, ou às margens da linha férrea… Naquele tempo, o tempo se alongava, nas pueris percepções… A vida era uma paciente passageira de trens lentos…. e canoas cautelosas, quase a levitarem… Ah, tempo! Tantas vezes logrei êxito nos esconderijos, pelos piques de “esconde”, que ousei contigo brincar…. Ah, tempo! Hoje, rumas acelerado a descontar aqueles, por ti imperceptíveis, mas por mim, bem preenchidos e felizes descuidos e atrasos teus … (RAS)
Enviado por (RAS) em 23/04/2023
Alterado em 25/04/2023 |