O tempo da gente.
Antes, Havia tanta possibilidade, a gente ficava à vontade, E o mundo sorria para nós… Antes, Tristezas eram raridades, nos amávamos de verdade, Vivíamos o agora, jamais o após. Antes, O amor era assim: tanto… tanto! Parecia ser mesmo um encanto, Nem demônio, nem santo, apenas intenso, Um amor de chegar-se aos prantos, Se sós, éramos tristes pelos cantos, E os dias nos eram doridos, imensos!
Agora, Vivemos de lembranças e saudades, Do tempo de olhares, de amenidades, Do tempo que, enfim, já se despediu. Vivemos dos espectros da felicidade, Mergulhamos nas nossas realidades, Foi mesmo amor, o que entre nós existiu? Agora, Estamos bem no meio de um nada, Em noites longas de insônia… Do ocaso a alvorada, invadindo o inferno sem a menor cerimônia, Pelo silêncio das madrugadas, Sofrem sem qualquer parcimônia, As nossas almas agitadas. Agora, Tudo, tudo nos ignora, agora, a tristeza se arvora, O mundo perdeu suas cores… Agora, um imenso vazio vigora, pelos curtos saltos das horas, Onde jazem os pseudos amores. (RAS)
Enviado por (RAS) em 03/11/2022
Alterado em 05/11/2022 |