(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos


 

Déjà vu, déjà vu…

 

Você que vejo em todos os jardins,

Entre os pueris querubins,

E nos domínios das estrelas…

Em tudo eu posso senti-la, 

O ébano em ti cintila,

Em tudo, apenas quero revê-la.

 

Você que me vem em miragens, 

Na solidão das viagens,

No auge dos febris delírios… 

Pelas alas da Mangueira,

A desfilar a noite inteira, 

Quando só fulgem seus brilhos…

 

Você que vem das noites dos desejos,

Da saudade dos meus beijos,

Da apoteose dos meus sonhos… 

Do enredo que contagia,

Das mandingas, da magia,

Dos meus devaneios bisonhos.

 

Você que vem nas minhas reminiscências, 

Nos meus poros em efervescência, 

Nos meus nítidos e incessantes “dèjà vus” ,

Você que nos meus sonhos me espreita,

Mas que na verdade, me rejeita, 

E determina a minha cruz. 


 

(RAS)
Enviado por (RAS) em 25/09/2022
Alterado em 25/09/2022


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