As sequelas dos descasos.
A estrela que se precipita, A outra estrela possibilita, ocupar o seu lugar. O tempo, em tempo, outra habilita, Quiçá até mais bonita E com mais capacidade de brilhar…
Se o sol, um dia, de raiar desiste, Congela o que ao seu entorno existe, Extingue o seu parasitário sistema… Se a chuva, tornar-se tempestades, insiste, O firmamento, ao tal colapso, não resiste, E perde a cabeça e junto o seu diadema.
Todo descuido tem suas consequências, Todos os descasos trazem abstinências, Todos os amores, nessas dores se vão… Todos os prantos rogam por clemências, Todos os sentimentos declaram falências, E decretam a morte do indigente coração.
Se a bússola esconde o magnético norte, Se o homem entende extinguir-se na morte, Assim, viver ou navegar, sequer fará sentido… Apenas diligentes farão jus aos golpes de sorte, Tensione a carne e amenize o contuso corte! O mundo não socorre incautos e adormecidos. (RAS)
Enviado por (RAS) em 07/09/2022
Alterado em 09/09/2022 |