Eu conheço o seu coração, os seus pensamentos, Meu poço de solidão, razão dos meus sofrimentos, Eu vivi sob suas ilações, encantado, abobalhado, E mergulhei nas ilusões, num duplo twist carpado.
Eu mesmo me conduzia ao tão perigoso mergulho, O destino me aplaudia, e eu me enchia de orgulho, Mas a imersão me cegava, no fundo, eu me perdia, De ilusão me ensopava, quanto mais ao fundo eu ia.
Eu pensei viver a verdade, mas quão ingênuo eu fui, Foi mesmo pura falsidade, que na realidade dilui, E o tempo, mais uma vez, se encarrega da verdade, Tal qual a dor da viuvez, que dura uma eternidade…
Mas o mal pouco perdura, para quem vive de amor, Apesar das amarguras, no fim não há o dissabor, E a alegria retoma a vida, num tempestivo renascer, Já sem a dor da despedida e felizmente sem você. (RAS)
Enviado por (RAS) em 06/07/2022
Alterado em 06/07/2022 |