Sempre assim!
Os sonhos laçam o instante, puro sangue, em pêlo… E o doma, o toma pelas crinas e mostra quem manda. E assim inicia-se uma parceria de obediência e zelo Matam dragões, saltam óbices, superam demandas!
Quando os sonhos tomam assento no dorso do tempo, Torna suave e doce até mesmo as rudes cavalgadas, E o conjunto é arrebatado ao reino dos entretempos, Refeitos, retornam esquecidos, de outras tantas jornadas…
Mas se caso o tempo toma as rédeas dos sonhos, E num louco galope derruba os tantos quereres, O tempo indômito vaza por caminhos medonhos, O tempo, perdido, rouba dos sonhos os poderes.
Então os dragões ressurgem em voos ameaçadores, E alia-se a eles o tempo descontrolado e alucinante, E não há como retardar a morte, a sorte, ou as dores: “Tudo como dantes, no quartel-general de Abrantes!”
(RAS)
Enviado por (RAS) em 21/03/2022
Alterado em 21/03/2022 |