A verdade dos amigos de verdade.
A palavra “amigo” é muito forte para, a princípio assim, adjetivar qualquer um. Nos piores momentos eles, quais anjos resolutos, surgem nas difíceis provas e expiações, com que esse mundo molda os que nele plasmam. Considerar ser alguém um amigo ou não, só depende de virtudes tais quais, a capacidade de absorver decepções, surpresas negativas e, não raro, ceder a outra face, pois a incondicional fidelidade é inexata e quase inexiste. Antes existem os conhecidos, colegas, companheiros, camaradas, até irmãos… mas, “amigo”, definitivamente, não é para qualquer um. Enquanto isso, valorizemos pelo menos os esforços, estes já são dignos de aplausos. Na verdade, a amizade é uma entrega, uma virtude continuada, não se exaure no primeiro sorriso, no primeiro socorro ou no primeiro importar-se, amizade são demonstrações espontâneas e permanentes. Para amenizar e clarear esse conceito, ousarei fazê-lo com apenas um verso, abstraindo-lhe a carranca: ”Você pode ter um fiel amigo nesse instante, porém no próximo, ninguém lhe garante.” Assim como os vocábulos “nunca”, “sempre”, “felicidade”, o “amigo” também não é, literalmente, desse plano, aproveite os amigos, enquanto não sejam submetidos às extremas e inevitáveis vicissitudes terrenas. Porquanto, não se preocupe com quantidade ou quem tem-lhe amizade, preocupe-se em apenas, a todo instante, ser um verdadeiro “amigo”. (RAS)
Enviado por (RAS) em 12/01/2022
Alterado em 25/08/2023 |