Conservatória - recorrente sonho meu.
Em ti sou todo ouvido, e fui surpreendido com a beleza do lugar… cachoeiras, o túnel, trilhos, e lugares, onde creio, que Apolo vem cantar.
Meus pensamentos sustenidos, naquelas ruas perdidos, entre músicas e o luar, sob o sereno em tom pequeno, tuas serestas vou buscar.
Dos teus bares vejo o lírico cortejo, belíssimo ensejo, a cultura preservar. Faz-se em ti, grafada em si, lindas tardes em bemol, de esplêndido sol, de emoção em escala menor, cromática, natural…
Ah, Conservatória, dos saudosos tons, em semi-breve tempo eu sou tão teu…tão só!
Violões e bandolins, pandeiros batendo em mim, E em “mi” soam bordões e outros, às vezes, de mim, toam de “dó”….
Ah, Conservatória de tantas memórias, da brazuca canção… de tantas homenagens às canções e aos cancioneiros, cativaste um romeiro, meu boêmio e seresteiro coração.
Conservatória, onde o trem mais trouxe do que levou e hoje é só lembrança do imponente tempo que, de trote em trote, arriado ali passou.
“Se uma de suas ruas fosse minha, eu mandava um pentagrama ladrilhar, e comporia a mais linda das trovinhas, Para o meu bem, o meu bem ouvir cantar.”
(RAS)
Enviado por (RAS) em 05/01/2022
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