A perene flor do amor.
A frágil flor do amor, lindamente, aflora sob os primaveris zelos da natureza, Mas eis que há os sucessivos e necessários ínterins das estações, a gerar um desafiante e vicioso círculo, onde revezam-se vidas e sobrevidas… Assim, algumas flores entregam-se aos desígnios de seus outonos, outras distraídas, inutilmente resistem… se traem ao se sentirem perpétuas nos ilusórios solstícios... As prevenidas perfumam e atraem as eternas primaveras… Mantêm-se pelas férteis monções da fecunda e propensa estação… E aí, não perdem o viço, a fragrância, a beleza… Resistem… florescem como se sorrissem. A flor do amor é muito mais amor do que flor… Vence as intempéries que lhe agridem a beleza, Ao tentarem lhe tirar a essência, deflorar-lhe, Expô-la nua ante os olhares nelas fitos de seus galantes colibris… A flor do amor não se abate e nem murcha, busca sobrevivência em quem gentilmente lhe rega, admira, cheira e beija... E ao tempo resta devolver-lhe as arrancadas e confiscadas pétalas. A verdadeira flor do amor não morre, Apenas muda de mãos.. ou de mundo. (RAS)
Enviado por (RAS) em 15/12/2021
Alterado em 15/12/2021 |