(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos

Bucolismo e os cadernos sem pautas.

Quando o sol sorri para o dia,
Qual desenho lúdico de uma criança,
Surge então a nostalgia
E minha poesia se torna lembranças.

Na árvore frondosa, o balanço,
No telhado uma ativa chaminé
E enfrente, o suntuoso rio manso,
Lá no fundo, um espantalho de boné.

Mais adiante há duas colinas,
Que servem de moldura para o sol nascente,
Um menino e uma menina “gangorram” na doçura,
De uma brisa pura e levemente quente.

Pássaros de grandes envergaduras
Voam num céu azul, de branco borrado,
Na casa uma mãe costura e cuida das frituras,
Num fogão de lenha meio enfumaçado.

Ao lado um açude enorme,
Crivado de gansos e patos,
Num canto um perdigueiro dorme, 
Na cozinha tramam uns gatos.

Em um outro desenho é o sol a se pôr,
No céu, entre as colinas, uma rubra matiz,
Parece uma mensagem do nosso Senhor:
Que custa tão pouco poder ser feliz!
(RAS)
Enviado por (RAS) em 29/09/2021


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