Bucolismo e os cadernos sem pautas.
Quando o sol sorri para o dia, Qual desenho lúdico de uma criança, Surge então a nostalgia E minha poesia se torna lembranças. Na árvore frondosa, o balanço, No telhado uma ativa chaminé E enfrente, o suntuoso rio manso, Lá no fundo, um espantalho de boné. Mais adiante há duas colinas, Que servem de moldura para o sol nascente, Um menino e uma menina “gangorram” na doçura, De uma brisa pura e levemente quente. Pássaros de grandes envergaduras Voam num céu azul, de branco borrado, Na casa uma mãe costura e cuida das frituras, Num fogão de lenha meio enfumaçado. Ao lado um açude enorme, Crivado de gansos e patos, Num canto um perdigueiro dorme, Na cozinha tramam uns gatos. Em um outro desenho é o sol a se pôr, No céu, entre as colinas, uma rubra matiz, Parece uma mensagem do nosso Senhor: Que custa tão pouco poder ser feliz! (RAS)
Enviado por (RAS) em 29/09/2021
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