(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos

Desencontros e renúncias.

Fez-se a flor na madrugada, assim, meio que do nada, 

Apossou-se de mim.
Vinda de outras floradas, de vidas passadas,
Para um já florido jardim.

E trouxe pétalas viçosas, no que minhas prosas,
Em versos, logo traduziu...
E encantou-me a flor formosa, que mais que cheirosa,
Deslumbrantemente e pretensiosamente, 

 Para mim sorriu.

Cerrou-se o véu turvo das lembranças,
A nos tornar crianças,
Ante o ímã atrativo e saboroso da maçã...
A flor da madrugada, distraída, ilusionada,
Sem saber foi na verdade descuidada,
A florescer no imprevisível jardim do amanhã.

E nos embalos dos outonos, embaladas por gnomos,
Caem nos profundos sonos,
E invadem alvoreceres…
Aí mudam-se os destinos, ventos de haustos ferinos
Arrancam a maçã dos meninos e os seus inocentes quereres.

 

Eternos encontros e desencontros, tipo ensaios e aprontos,

Nos plenos e férteis jardins das existências,

E nada se dá por acaso, tudo tem seu tempo e seu prazo,

E constantes nos parcos  "insights" das reminiscências.

(RAS)
Enviado por (RAS) em 29/09/2021
Alterado em 09/01/2023


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