(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos

Reveses.

Entre pensamentos assaz contritos,
Sobre ensejos e desejos aflitos,
Ruge e tange no vazio esse meu grito,
Numa saudade aguda, absurda de você!

Entre quereres vorazes, portanto, contidos,
Sem rumo, sem plumo, pelo mundo perdidos,
Entre lembranças, heranças dos tempos já idos,
Busco aflito, nosso desdito, mas irrestrito prazer.

Eu sou agora um jogador que implora a sorte arredia, 
O caçador que a caça vê e de imediato desvia,
Eu sou o documento rasurado sem uma segunda via,
Um zumbi sedento, vagando lento, a lhe perder.

Perdido em devaneios e anseios eu vaguei,
Na esperança que alcança, cegamente acreditei,
As boas cartas, precocemente, descartei,
As que ficaram, enganaram, todas as fichas eu perdi…

Eu sou a foto em preto e branco, triste e fria,
A solidão na multidão, na noite escura e fria,
A revelação da precisão, da suma carestia,
Um lavrador de amor, que somente dor colhi.

Meu grito ecoa, à toa, sem qualquer finalidade,  
Um grito que clama e te chama pela eternidade,
Que troveja, relampeja a superar a tempestade, 
Que Insiste e resiste e de você, jamais vai desistir 


 
(RAS)
Enviado por (RAS) em 28/07/2021
Alterado em 28/07/2021


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