(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos

Silente e invasiva obsessão.

      Serpentes, feito gentes impertinentes, rastejam na minha frente e, em botes de repente, inoculam  conceitos dementes… medos frementes… em minha, ainda, perdidamente, mente.
      Dos golpes que são tantos eu sinto os seus arrancos e os repentinos brancos que tornam brandos e francos os contrários arrancos, e menos repelentes, os repelentes solavancos.
      Serpentes como gentes, aos trancos e barrancos,    cegamente, tentam, paulatinamente, aninharem-se na gente. De corações dormentes, mentem, nem sentem, que a lente, sob o sol fervente queima, ardentemente, os cérebros tementes, estanques e subservientes.
      Certeiras são as urbanas e silvícolas víboras que jamais se mostram frívolas, e se espalham quais férteis sementes, mas assim não deveria ser, por justiça, certamente.
      Livre-se imediatamente das mentes, que se sentem tão potentes, a ponto de a tua escravizar!
      Chocalhos vibrantes, silvos irritantes, avisos incessantes ao ser delirante, incauto ou ignorante, pois sempre perde, errante, os instantes de se atinar. 
      Enfeitiçar, envenenar, influenciar, só acontece no negligenciar daquela alma, que para tudo bate palma, se dopa e se acalma, ante o domínio iminente, ou há tempos latente de um eficiente e diligente, geralmente inconsciente, portanto, inconsequente, maleficente obsidiar. 
      Oremos e vigiemos e principalmente nos atentemos aos momentos de límpido e estrelado firmamento, enquanto navegamos lentos e aprendemos, exploramos esse imenso, silencioso e manso, misterioso mar...
(RAS)
Enviado por (RAS) em 24/05/2021


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