A amizade (de um verdadeiro amigo).
A amizade é uma das formas mais sublimes de amor. Mas como o ouro preto, não reluz às claras, não se acha mais à flor das estradas…
Nem todo aquele que disser: - Amigo! Amigo! Será digno de confiança. Amizade é a feliz soma do amor à lealdade e ao total desapego.
A imperfeição humana leva a um constante pressuposto de muito cuidado com os pretensos amigos. Amigos não são, ainda, aqueles que se declaram verdadeiros, nos “happy hours” da firma, ou pelos bares da vida, ou em qualquer convívio.
Infelizmente, a designação de um amigo funda-se em provas, que o paradigma coletivo evita antecipadamente, tipo, se depois da confraternização, você levaria seu a amigo, para dormir na sua casa, junto a sua família, se ao surgir a cobiçada vaga de gerente na empresa, em que ambos trabalham, se você a cederia a ele, considerando prementes necessidades declaradas, e o contrário, ocorreria?
Ainda nesse cenário, você suportaria o seu amigo, agora gerente, fazendo sucesso e não tendo mais tempo para você? Você o procuraria?
Amigo é amigo mesmo, quando solidário nos extremos e dos extremos, instintivamente, nos desviamos.
Para se ter a certeza de uma verdadeira amizade, ela deve partir de você, do seu desapego, da sua lealdade e do seu amor, assim você será capaz de relevar ingratidões, desconsiderações, desilusões e até o inconcebível: as traições... Amizades se constroem com infinidade de perdões, ou desabam no primeiro vento...
Se você se julga capaz de todas essas renúncias por uma amizade, parabéns, você é um raríssimo caso de amigo!
Mas na verdade, só temos amigos de ocasiões, mas não se trata de um demérito, muito pelo contrário, portanto, devemos curti-los ao máximo, até que não se nos apresentem as provações, os vendavais. E se uma, ou mais, de suas amizades já deram provas de superação dessas ditas tormentas, ore muito em agradecimento e proteção, você e seus amigos são privilegiados e, certamente, rodeados de ciúmes e inveja.
Na verdadeira amizade, as almas se sintonizam, tal qual no verdadeiro amor, e assim, resoluta, sagra-se… pereniza-se… transcende!