O tempo dos homens.
E o tempo é um exímio velocista,
Que com excelência aborda e vence
As derrapantes curvas da vida...
E ao aproximar-se do podium,
Traz consigo oxidantes elementos,
Adquiridos em tantos circuitos...
E lhe basta, da vitória, degustar o “champagne”
E pronto!
O tempo é por natureza, psicologicamente,
Veloz... Algoz…
E é dele o dom de alongar ou abreviar
As temporadas… as partidas e chegadas…
Os sinais… as bandeiras quadriculadas…
Correr contra ou a favor do tempo,
Que diferença faz?
O tempo é danado, ardiloso e de um sadismo…
O tempo não procrastina, nem se adianta…
O tempo é tempo, assim: tempestivamente…
Passa pela gente e a gente nem sente.
O tempo normalmente é vento corrente,
A forçar portas, tramelas e batentes,
Impetuoso e guloso engole as dimensões,
Ignora prantos, cantos e fervorosas orações.
O tempo é quase todo poderoso... verde lodoso...
Surpreendente… ardiloso...
Tempo e vento que a tudo arrastam e consomem,
Juntos com força sopram, retiram e somem
Com a resistência, com a fé…
Com a esperança do cético coração do homem!