Tempo de regeneração.
Estamos às raias de uma regeneração.
O planeta azul se ruboriza de vergonha,
Surfamos em tsunamis de heresias,
Assistimos, pasmos, as cênicas histerias,
E nos embriagam doces goles de peçonha ...
Estamos às vésperas de um apagão ético-moral,
De um cataclismo político-social,
Estamos no auge da intelectualidade,
À beira da coletiva insanidade,
E no crepúsculo da sabedoria...
Estamos desdenhando os valores,
Nos tornando da verdade os senhores,
Esvaziando os corações de amores,
E odiando tudo à revelia!
Estamos a desconstruir o conceito de família,
Tornando-nos uma beligerante ilha,
E desrespeitando quem pensa diferente.
De ódio nos armamos, qual bastilhas,
Entramos, inconsequentes, nas “pilhas”,
Que acendem a arrogância intransigente.
Você pode não crer e até mesmo zombar,
Outra atitude não há que se esperar,
Desse mundo perdido, negando se achar,
Afinal, zombam de tudo e até do Tudo,
E se vendem e se entregam ao absurdo,
Nem sabem como ou quando devem se calar,
Enquanto isso te fazes de surdo,
E quando tens que falar, ficas mudo,
Nem te atinas ao que ajudas implantar…
E o planeta envolvido no manto do desamor,
Perderá seu equilíbrio, em meio a tanta dor,
E perderás, por fim, os teus sentidos.
Tardiamente, em si mesmo recolhido,
Assim, como uma espécie de torpor,
Arrependerás de tantas lambanças,
Aprisionados às horríveis lembranças,
Dos impropérios por ti cometidos,
Pela carestia de empatia, de esperança e amor!
A falta de sensatez, de sintonia, de lucidez
Vem devastando a humanidade, tornando-a inconsequente,
Herege, maléfica, insana,
Mas nem tudo está perdido, para Aquele que tens ferido,
Pois Ele tanto te perdoa... e ainda por cima te ama!