Desapontamento.
De tudo, o pouco que restou ainda é ardente... É como o fogo que se acende, Desnecessário, No torpor do intenso verão... E queima, em demasiado, A pele do incauto banhista, Que se deixa a mercê do impiedoso sol. O pouco que restou, ainda flui pelas veias, Ainda molha as efervescentes areias, O mar e a chuva... Ritos e programações se embaralham, Em cenários mais do que reais... É como o aguardente que invade as vísceras... O pouco que restou é tatuagem a tapar cicatriz, Noites perdidas em delírios febris... O pouco que restou, daquilo que foi tanto, Não foi o suficiente e, portanto, Foi tão mísero e ridículo, o tão pouco que restou! (RAS)
Enviado por (RAS) em 20/01/2020
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