(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos

Algo bem surreal!

     Nunca me dei bem com a exatidão e com o definitivo como, impassivelmente, derradeiros. Sempre me coloquei inseguro diante da inviabilidade de se apostar em outras possibilidades. Creio que não irei me adaptar aos mundos onde se chega aos “sempres” e aos “nuncas”... eis que não são assim os sonhos, os “faz de conta”, as ilusões, não são assim, por mais imperativas, as leis…
      Exatidão e definição são componentes de uma intrigante operação aritmética chamada realidade, na qual, para os seus resultados, são indiferentes os pontos de vistas e todos os sentimentos, são irretratáveis, e portanto, imperdoáveis os erros. 
     Os atos trazem tantas consequências, jamais consequência alguma, então o zero não zera nada, mas será, geometricamente, tão somente um círculo vazio, após o pretensioso sinal de igualdade, isso no meu parco, empírico e emocional ponto de vista. 
     Eu sou o reverso desta letiva disciplina, a tão exata matemática!
     Eu sou o resultado da explosão desencadeada no encontro da matéria com a antimatéria, e posso ser daí um vácuo ou mesmo as infinitas galáxias, ser o tal Big Bang ou, de tudo isso, o provável Caos.
     A matemática terá sempre, pela sua inconteste exatidão e falta de outras alternativas corretas, muita dificuldade em, definitivamente, entender-me...
(RAS)
Enviado por (RAS) em 08/01/2020
Alterado em 08/01/2020


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