Falsos aromas...
O amor que seduz vem em forma de cruz
E é prenúncio de dores...
E ao calvário conduz, por um beco sem luz,
A um altar de horrores...
Esse amor é profano, nutre-se no engano
E se coloca em andores...
Um amor insano, de teor bem leviano,
Predador de outros amores.
Um amor intempestivo, essencialmente explosivo,
Quando não é corrosivo,
Tem no tempo a ignição...
Ilusório lenitivo, de sabor tão atrativo!
O império da ilusão.
Amor que cega e até mata, que sufoca, não dilata,
A paixão lhe é inata,
Pai e mãe do vil ciúme...
Amor que desacata, a tudo e a todos maltrata,
Com o seu maldito perfume.