(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos

Hosana nas loucuras! Diria Rotterdam.

Santa demência! Divina loucura!
O olhar não está perdido, ele se encontrou.
Os atos não são delírios, são ungidos de amor, as palavras não são ébrias, são intuídas e alcançam o fundo das almas...
A dor já não escraviza, o corpo consagra-se 
e a inabalável fé santifica...
Doce loucura! Inebriante missão!
Como foram loucos aqueles rústicos Espíritos, para descobrirem e viverem suas fluidez, pois pesados são os bens terrenos 
e fluidíssimos os celestiais…
O último grau da loucura, de repente, o posta sentado ao lado de Deus….
A evolução ombreia com a loucura, pois só os loucos avançam... 
Só loucos enfrentam tantos gigantes, moinhos e dragões...
Somente as santas sandices nos transcendem... 
Somente a divinal demência nos capacitam 
às tantas e tantas necessárias renúncias!
Loucura não é querer alçar o céu num voo 
áptero, mas conseguir mergulhar e atingir 
os abissais da própria alma…
Há tantos seres feios, agressivos e disformes 
habitantes de lá…
Somente a loucura se abre para a fé...
Essa inquebrável redoma leva o homem às suas profundezas e, quanto mais profundo 
for o mergulho, mais o mergulhador se descortina e se descobre e mais se distancia
 da matéria e, ao emergir, de pronto alçará pela leveza, assim como as hosanas, às airosas e aconchegantes Alturas!
Viva a loucura!!!

 

(RAS)
Enviado por (RAS) em 07/10/2019
Alterado em 22/10/2022


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