Sobre lealdade.
A lealdade deve ser natural, num buquê de boas virtudes ela certamente seria uma das flores mais linda. Entretanto, quanto mais jurada, mais exposta a trair-se.
Ser leal é em última análise uma nobre opção adotada por seres nobres. Lealdade é você discordar totalmente de alguém, mostrá-lo os seus motivos, e quando esse alguém decide, mesmo a lhe contrariar, você faz de tudo para minimizar os efeitos negativos daquela decisão, por você lealmente demonstrados. Ao contrário, o desleal torce pelo erro, para no final borcar o bordão: “não falei?”... e ainda se vangloriar.
A lealdade é como um jardim, que depois de plantado permanece bonito, mesmo distantes os seus apreciadores.
A lealdade é regada com valores que perfumam e embelezam o buquê, é uma postura expontânea e, muito mais que a fidelidade, forja o volúvel caráter humano.
O mais admirável na lealdade é não ser obrigatório ser leal, apenas uma questão de valores éticos, a em modo automático da consciência.
Preservem-na!