O remir-se da impenitência.
Quando vir a dor tirar-lhe de vez a esperança, E se tamanha dor o fundo de sua alma alcança, Firme o pensamento no Mestre e Senhor Jesus, E pense naquela paixão sofrida no auto da cruz. Quando a tristeza invadir o seu incauto coração, Quando você se perder no umbral da escuridão, Recorra ao Cordeiro que lhe trouxe Paz e Luz, Também os ensinamentos que à Verdade conduz. Se o alvorecer lhe confrontar com a parca morte, Se a sua estrada o afasta do verdadeiro norte, Agarre-se com toda fé as mãos do seu Salvador, Pois Ele é conforto e alívio, Ele é o próprio Amor. Se suas escolhas trazem desencantos e desalinhos, Se nas suas flores só florescem incômodos espinhos, Ore com fervor em busca da piedosa Providência, Ela lhe virá em tempo e tão repleta de indulgência! Quando enfim lhe sobrevier a gelidez da realidade Quando lhe vier os limites e entraves da senilidade, Peça por dignidade e assuma a sua impenitência. Rogue por serenidade e implore por clemência. A vida exige coragem e às vezes até rebeldia, Assim lhe será cobrado nos seus derradeiros dias, Desfaça-se das lembranças de suas tantas omissões, O tempo é lei do retorno, verdugo das pífias ações. Antecipe o seu fim, a mergulhar-se num recomeço, Arrependa-se enfim, dos seus incontáveis tropeços, Pois tudo é compreensível na misericórdia de Deus. Prepare-se, arrependa-se, confesse os pecados seus. . (RAS)
Enviado por (RAS) em 24/06/2019
Alterado em 24/06/2019 |