Uma odisseia espiritual: No rastro do óbvio.
E eles são livres, mas infantis, de repente e sofridamente,
Descobrem que estão descalços...
Topadas... chutam os chãos, arrancam os “tampões” dos próprios dedões….
E eles são livres, para sonharem
E extrapolarem os seus rústicos invólucros,
Com suas velas içadas, asas e pensamentos,
Em seus transes e refazimentos…
São majestosos súditos e súditos de majestosos,
São quase Santos em quase demônios…
São de si senhores e cativos das dores.
São criaturas perfeitas plasmados nas imperfeições
E vagam pelos dois mundos em infinitas e normalmente,
Pecáveis performances…
Em constantes e necessárias depurações…
E eles são livres… navegantes dos mistérios,
Resilientes... camaleônicos... sacros...
dracônicos… pacíficos... guerreiros…
Livres, mas ainda incapazes…
Agrilhoados entre perecíveis vísceras
Por sinal, tão vulneráveis! Mas, por causa da dor,
Ainda tão intransponíveis!
Soberanos, flutuando entre o livre e o não liberto,
Entre a matéria e a não matéria,
Entre o etéreo e o fluídico, ante um tudo inefável…
Mas, eternamente, ante a clarividente misericórdia
E paterno controle de Deus.