Quereres.
Deus não deu asas às cobras,
Mas permitiu o homem sonhar…
Ser ousado no bote,
Silente no rastejar…
O homem é as suas próprias obras,
A colher somente o que cultivar,
Sem abusar demais da sorte,
Muito menos pestanejar.
Para os homens os sonhos são asas,
A planarem nos ventos dos desejos,
Nos seres endossam os viços,
Nos brevíssimos pousos... lampejos.
Nos sonhos os quereres são brasas,
A fumegarem entre anúncios de ensejos,
O fim por fim vê-se omisso...
E os botes terminam em beijos.