(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos

O “jus puniendi” em incorruptível trâmite.

    O órgão propenso à razão e contumaz nos
acertos,quando não influenciável, é o Cérebro.
    O Coração, meramente passional, tudo aceita,
indomável e aventureiro investidor nas terrenas
e comprometedoras paixões. De ambos, as
inevitáveis consequências de seus atos são
sentidas na vítima, a exposta e indefesa Carne.
E ao ombrearem, Cérebro e Coração, num raro 
e arriscado conluio, de imediato, provocam o
órgão das delações nauseadas, o fiel
amigo Fígado.                  
    Finalmente é provocado o público ministério das  
Mãos, avessos aos protocolos, entram com as
devidas ações, nas algozes instâncias da
implacável meritíssima Consciência, excelsa algoz
do “jus puniendi”.
    Quando adentro o tribunal do júri deparo com
uma placa atrás e acima da taciturna magistrada
com a irônica inscrição: “Seja bem vindo ao
egrégio tribunal das mínimas controvérsias, onde
por questões de economia processuais, vige pela 
concomitância extrema celeridade, eis que aqui
serás sempre réu e vítima, portanto, RELAXE!”
(RAS)
Enviado por (RAS) em 15/04/2019
Alterado em 15/04/2019


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