O “jus puniendi” em incorruptível trâmite.
O órgão propenso à razão e contumaz nos acertos,quando não influenciável, é o Cérebro. O Coração, meramente passional, tudo aceita, indomável e aventureiro investidor nas terrenas e comprometedoras paixões. De ambos, as inevitáveis consequências de seus atos são sentidas na vítima, a exposta e indefesa Carne. E ao ombrearem, Cérebro e Coração, num raro e arriscado conluio, de imediato, provocam o órgão das delações nauseadas, o fiel amigo Fígado. Finalmente é provocado o público ministério das Mãos, avessos aos protocolos, entram com as devidas ações, nas algozes instâncias da implacável meritíssima Consciência, excelsa algoz do “jus puniendi”. Quando adentro o tribunal do júri deparo com uma placa atrás e acima da taciturna magistrada com a irônica inscrição: “Seja bem vindo ao egrégio tribunal das mínimas controvérsias, onde por questões de economia processuais, vige pela concomitância extrema celeridade, eis que aqui serás sempre réu e vítima, portanto, RELAXE!” (RAS)
Enviado por (RAS) em 15/04/2019
Alterado em 15/04/2019 |