A foz dos dejetos.
Quando o outono é realidade, subitamente os sonhos traem…
Sonhos que os amores viçam e das almas caem…
Quando tudo em beijos ardia, em meio às líricas poesias...
Num verão brilhante e incidente nos momentos de alegria…
Quando veio com o outono a derradeira tempestade,
E arrasou com tanta fúria e como lama, o que foi felicidade,
Quando a natureza calou-se e a tão triste fim aplaudiu,
Fez-se tudo águas passadas no remanso de um raso rio…
Um rio assoreado, qual e tal os olhos sem os cílios,
Como um casal que ora e peleja sem a graça de um filho,
Um mar que se diz de flores e as lança contra o rochedo,
Sonhos que exigem coragem e sucumbem com o medo.
Assim são os romances que por tão pouco perduram,
Como rios mansos e rasos que os desmates não aturam...
Quem um raso rio represa terá tamanhas desilusões,
Pois há que ser profundo o rio, para causar inundações.
Para ser navegável o rio há de ser largo e profundo,
O rio eterno é o capaz de vazar e fertilizar o mundo.
Os fracos não têm curso na história, esvaziam, ressecam,
Ou são latrinas do mundo, onde os covardes, de medo, defecam.