Tempo: o limite da matéria.
Torna-nos intempestivos o pouco tempo que temos, para o tempo conhecermos... as suas dimensões e os seus lúgubres efeitos em nós, no entanto, é o bastante para que ele nos envolva em suas teias, nos leve às venetas, em suas veredas, nos engane com suas quiméricas tetas e tome um antiácido que o ajude a nos engolir… paciente e criteriosamente nos engolir…
Só nos é permitido saber que é da sua natureza, eterna e impiedosamente, devorar-nos...
Passam-se existências na ilusão de que nos derradeiros instantes de cada um, o tempo haverá de engasgar-se...
Que missão indigesta! Dá dó do tempo.