Se os barcos são laicos, as tormentas não…
“Quem é este que até o vento
e o mar Lhe obedecem?” (Marcos 4:41)
Quando a vida destoa e se torna aquele túnel infindo,
Ou um poço escuro, largo, por vezes também sem fundo...
E as tempestades invadem e destroem dias tão lindos,
Tal qual prenúncio de um triste e precoce fim do mundo...
Quando as trevas decidem e se estabelecem nas mentes,
A infectar de demências os vastos feudos da razão,
Quando a tristeza e a solidão são brasas ardentes,
Tão incandescentes que queimam o amargurado coração...
Quando toda esperança se esgota e o fim é desejado,
Quando tudo torna inútil, enganosa e estéril a engrenagem,
Se o próximo chão só tem lamas e há que ser evitado,
É hora de erguer-se as mãos suplicantes por coragem.
É hora de depor a cruz e reencontrar-se com o convencimento,
É hora de encontrar Jesus, fonte de amor e de esperança,
É hora de um recomeço, de vida nova, do auto descobrimento,
É hora do velho coração voltar a pulsar n’alma de criança.
Tempo de se libertar, de reconhecer a quem bem te conduz,
Tempo de se arrepender e entregar-se a Deus por derradeiro,
É tempo de viver a vida, que outrora fora tão somente luz,
Tormentas viram brisas, se em teu barco é Jesus o Timoneiro.