Os amores, tais quais as flores, também têm os seus outonos.
“Se não for para regarem as flores, optem pelas de plástico.”
E cai a noite sobre o improvável amor...
Esvaem-se as luzes e decreta-se o fim dos sonhos, enquanto elas somem dos fins dos túneis...
A lua torna-se para sempre nova... e a noite escura, uma cova...
E, no ar, flores fúnebres exalam seus aromas inconfundíveis…
Seguem-se os dias, que já nem dias são mais…
tormentos… os dias viram tormentos.
Há amores que já brotam inconsistentes, por pouco resistem à sempre prenunciada sina... desfalecem... agonizantes suplicam, que seja, uma aproximação… e inaudíveis... jazem.
Rodeados, são agora de atenção, num último e desesperado ato dos descuidos... sucumbem, por fim, inconformados, sob o gélido véu da fatal indiferença, as últimas luzes reluzem, em ritualísticas velas…
E assim vão-se os pseudos-ardentes amores…
-Tão moços, meu Deus... tão moços!