(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos


 

Os amores, tais quais as flores, também têm os seus outonos.

“Se não for para regarem as flores, optem pelas de plástico.”

E cai a noite sobre o improvável amor...
Esvaem-se as luzes e decreta-se o fim dos sonhos, enquanto elas somem dos fins dos túneis...
A lua torna-se para sempre nova... e a noite escura, uma cova...
E, no ar, flores fúnebres exalam seus aromas inconfundíveis…
Seguem-se os dias, que já nem dias são mais…
tormentos… os dias viram tormentos.

Há amores que já brotam inconsistentes, por pouco resistem à sempre prenunciada sina... desfalecem... agonizantes suplicam, que seja, uma aproximação… e inaudíveis... jazem.
Rodeados, são agora de atenção, num último e desesperado ato dos descuidos... sucumbem, por fim, inconformados, sob o gélido véu da fatal indiferença, as últimas luzes reluzem, em ritualísticas velas…
E assim vão-se os pseudos-ardentes amores…
-Tão moços, meu Deus... tão moços!

(RAS)
Enviado por (RAS) em 18/10/2018
Alterado em 22/09/2024


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