(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos

    Na rosa-dos-ventos.

    Eu amei tanto os meus erros, que eles se tornaram o de mais admirável em mim. Eu vivi com tanta intensidade os meus sonhos, que me esqueci que infindas são as provações e, portanto, amarguei por demais os preditos términos desses meus desvarios. Eu vivi tanto a humanidade que me esqueci de me preservar e investir na santidade.
    Mas aprendi que são muitas as verdades, casuisticamente moldadas e que a Única e Incontestável queima nossas retinas, estoura nossos tímpanos, frita nossos miolos.
    Ao amar tanto os meus erros, serenamente, tive que aceitar suas consequências e assim o fiz, na certeza que sofreria bem mais, caso não viesse a cometê-los…
    Sempre haverá os caminhos feitos, e até pode ser um deles o certo, mas sempre optei por seguir o que eu mesmo idealizei e desejei, pois esses justificam as minhas topadas, meus tombos e meus desanimadores momentos, momentos que me levaram a crer na misericordiosa mão divina, pois não foram eles poucos… Na verdade, você jamais esteve ou estará sozinho, mesmo sendo sua a escolha, a jornada será sempre compartilhada e aí se apresenta uma de suas maiores responsabilidades.
    Ao desbravar o caminho que não engana a criatura, certamente você irá agradar o Criador.
    Há erros desagradáveis, mas se não se destoam de sua essência, hão de ser todos perdoáveis.
    Não permita que a farsa, como a traça, rasgue e destroce os seus sonhos, como feito nos fofos e vulneráveis novelos da paciente e mansa vovó.
    
   
(RAS)
Enviado por (RAS) em 20/09/2018


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