Demasia.
Se a saudade por fim arder
E os seus olhos marejarem...
Se a solidão lhe bater
E as horas pararem...
Se a falta do seu amor
Traz consigo o vazio,
No coração cresce a dor
E o torna baldio...
Se a saudade amargar,
É que foi doce a presença...
E quase chega a matar,
Tua marcante ausência!
A saudade aos poucos corrói,
Se não mata, muito machuca,
É tanta tristeza que dói,
Essa saudade maluca!
O que mata mesmo a saudade
Jamais se adquire de pronto,
Revive-se a felicidade,
Em revigorantes encontros.