Tendências.
Imensas são as dores das esperas,
Os sonhos se repletam de quimeras... E a realidade é corte profundo de navalha. Peleja o tempo nas entranhas dos instantes, A saudade é mais Intensa entre os amantes..: E o tempo é curto e assemelha-se às migalhas. A distância rouba os lampejos de esperança, Que colheu a alma em tempos de bonança, Para se sobrepor ao fel da amarga solidão. As esperas matam, ao separarem as almas, No descuido de alguém promovem os traumas, E deixam o final coberto de toda razão. Redes de esperas tecidas de incoerências, Ali se debatem os amores, em vãs resistências... Lamúrias de ajuda ecoam pelos mares perdidas. Anzóis e arpões, meras peças do jogo: Se o amor for demais, tende por fim pegar fogo, No o amor que é de menos, tendências suicidas... A espera descabida ao desespero conduz... Num umbral lamacento e carente de luz, As almas infelizes a um céu de amores rogam... E vidas prosseguem eivadas de vis amargores… Pois nos desencontros sucumbem os amores... E os amantes num mar de tristezas se afogam. (RAS)
Enviado por (RAS) em 27/06/2018
Alterado em 07/12/2020 |