Negociando sentimentos: o tilintar das taças...
Há momentos que estamos revestidos de poderes... Há os momentos que parecemos e estamos realmente encantados. É o momento que tudo podemos! Momentos em que os olhos cintilam e o coração ferve, a ponto de se anestesiar para outras futuras e inevitáveis dores... Há momentos decisivos, a todo instante na vida. A natureza cobra em conformidade com os seus ditames... Ou estoura-se o champanhe ali, ou o tempo se encarrega de torná-lo vinagre. Mas, para alguns, até sentimentos negociam-se... Os preços baseiam-se nos tamanhos das dores e ao ínfimo valor do simplismo da fuga. A opinião pública deveria pesar apenas para as instituições, jamais para os corações... Mas hoje somos globalizados e temos que manter a nossa fama... Compra-se um desconcerto tão grande, comparado a um aleijão, que se instala na aura da alma... Isso, se tudo o que se pensa realmente aconteceu. As dúvidas irão sempre pairar, se tão infeliz foi o final! Saboreie a tempo a felicidade, ou submeta-se ao degustar do desagradável fel... E assim, lá se vai pelo ralo a doçura... e era um champanhe caríssimo, de finíssimos aromas... Na verdade, foi um champanhe que nunca deveria ter sido adquirido, para tão insignificante brinde... Perdem-se apenas os champanhes que são, sem um verdadeiro propósito, abertos... Para alguns, o bom negócio é a subserviência e, para estes, um champanhe será sempre demasiadamente caro, ou terá o seu valor real e sentimental, convenientemente, para sempre ignorado... (RAS)
Enviado por (RAS) em 02/05/2018
Alterado em 02/05/2018 |