Sob a auréola da loucura.
Há na literatura enredos de tantos loucos amores... Amores loucos são alicerçados nas loucuras de apenas ser, verdadeiramente, você mesmo. Em provas e atitudes totalmente diferentes dos demais amores. Na verdade, o que os demais amores rotulam de loucura, nada mais é que transcendência. Geralmente entitula-se loucura, o que se torna incapaz de ser feito por um reles mortal. Romeu e Julieta, Helena e Paris, Pedro e Inês, Jesus de Nazaré... tantos loucos, não? Pois bem, não é devido à Roterdã aplausos ao dar voz à loucura? Se é loucura a noiva vestir-se de preto, para a cerimônia de casamento, imagina perder a vida pelo o irmão, imagina morrer por amor, imagina largar tudo e viver o que realmente o torna vero. Não seria loucura o contrário? O simplismo e o comodismo não invertem a ordem desse entendimento? Como entender a história? Davi... Sansão... Viver intensamente o verdadeiro amor pode até levá-lo à desobediência divina, was em contrapartida, também pode o levar as graças de Deus, mesmo porque ele não digere os mornos, pelo contrário. Transcender é atitude de sagazes, não dos medíocres, a esses últimos é dado o conceito de normais e normais não saem da normalidade, submetem-se a um determinismo comportamental, praticado, louvado e incentivado em busca de aceitabilidade social. Benditas são essas reles criaturas e verdadeiramente felizes são os loucos! Loucos são os que encontram suas verdades, suas essências e se lixam para o politicamente correto, correto é o que transcende, o que surpreende nesse mundo de mesmices. Mas há que se entender que tudo tem o seu tempo... mas, no amor, o tempo é o agora, a loucura tem que ser iminente e eminente, nessa ordem, para não ser tardia. O amor que não transcende é fugaz... esfria... tem o mesmo destino da carne. O amor que não foi submetido a provas, apenas mantém imutáveis as aplaudidas coexistências sentimentais, quando um sofrimento silencioso, inaceitável e absurdo, sobejamente, persiste a ponto de aniquilar e não se entregar à beleza da dulcíssima loucura! Meu Deus, tanto e lamentável desperdício ! Há espécies de amores e tantos que, convenientemente, confundem a egotista e acomodada mente humana. O amor, mais especificamente, entre um homem e uma mulher, para ser verdadeiro, há que superar tudo e a todos: opiniões, juras, crenças e até outros amores. A beleza da loucura é que ela não admite decisões tardias, prima pela liberdade e pela verdadeira felicidade, rompe a toada da história , vence deuses e mitos, eis lhe aí, o que há de melhor, a sempre disponível e intrigante amiga loucura! Transcender não é apenas amar, mas de tudo se abdicar, para se ter, na íntegra, o sagrado direito ao louco, mas único e verdadeiro, o seu eterno amor. (RAS)
Enviado por (RAS) em 15/04/2018
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